Era uma vez um homem que contava histórias, falando das maravilhas do mundo encantado, que só as crianças podiam ver. Mas esse homem que falava às crianças conseguiu escrever tão bem essas maravilhas que fez todas as pessoas acreditarem nelas. Pelo menos as pessoas cresceram por fora, mas continuavam sendo crianças em seus corações.
Ele aprendeu tudo isso com a natureza em lugares como esse Sítio (onde ele viveu). Há quem diga, que foi aqui que ele descobriu todas as maravilhas que levou para os livros, Há quem diga, que elas ainda moram aqui, entre as paredes dessa casa, há quem diga, que quem entrar aqui, poderá talvez encontrar um por um todos os sonhos, encantos e maravilhas, junto a saudade, a grande saudade que ela guarda, de um grande homem que soube falar de crianças.
Texto de abertura do musical Pirlimpim (1982) em homenagem ao centenário de Monteiro Lobato.
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